data-filename="retriever" style="width: 100%;">Embora seja natural o ciclo hidrológico ser menor em nosso verão, vejo com muita preocupação a estiagem que assola o nosso Estado. As perdas serão para todos os setores econômicos e também teremos perdas sociais devido à falta de água. Os meteorologistas já estavam alertando sobre os efeitos da La Nina para nós, e o que foi feito de planejamento hídrico em nosso Estado? Nada.
Então, as perdas e o impacto econômico serão sensíveis para todos os bolsos, seja qual for à condição social. Até porque de "água" todos (as) precisam. Todos (as) perdem com esta seca, e digo que mais de políticas de mitigação no presente, precisa-se mais e muito rápido um planejamento hídrico adequado para evitarmos mais crises como a de hoje.
E, caros leitores, pasmem, no Brasil, e no Estado, existe um modelo moderno de pelo menos pensar no caso da água, isto é, no planejamento hídrico adequado para cada região. É o sistema da organização de todo o sistema de águas no Brasil através dos comitês de bacia. Você sabia disso? É um sistema mais moderno, com leis e verdadeiramente participativo, onde todos os agentes podem participar, e o mais importante: é um meio onde se pode tomar ações no provimento de mais águas para todos (as). Sério que existe isso? Sim, desde 1994 (Lei 10350/94) em nosso Estado. E você sabia disso? Sabe como participar? É um modelo pouco divulgado em nosso meio. Uma grande pena mesmo.
Está mais do que no momento de aderirmos a esse sistema de gerenciamento das águas. Nos comitês, todos são participantes, isso o torna um modelo de fato participativo. Os comitês são organizações públicas, até porque, no Brasil, as águas ou os rios e etc., são públicos, portanto, lá se pode opinar, deliberar sobre como planejar o caso dos recursos hídricos em nosso meio.
No mundo, já se faz isso desde 1964, no caso da França, (Lei francesa de Águas de 1964). O país possuiu o modelo mais moderno e eficiente de gerenciamento das águas. E o nosso daqui é baseado no caso Francês. Nos comitês, podem se definir várias coisas a respeito dos recursos hídricos de uma região, como outorgas, cobrança pelo uso dos mananciais e etc. e claro, o mais importante, gerir e fazer um planejamento de longo prazo de nossos rios, lagoas, lagos e etc.
Então, a estiagem de hoje é um problema muito sério para nós. Até porque, o insumo "água" é essencial no sistema de produção econômico atual, mas principalmente, para a saúde dos humanos e animais, ou seja, para todo o meio ambiente.
Quero, aqui, salientar que temos ações mitigadoras para o presente. No entanto, para o futuro, novas secas irão ocorrer. Devemos buscar fazer um planejamento hídrico adequado. Senão, como diria um grande economista já falecido "todos (as) estaremos mortos [...]" caso não tenhamos mais água. Então, a promoção e a valorização dos comitês de bacia é a saída. E, é claro, fazer o planejamento hídrico.